"Lampejos existenciais"
Nos últimos quinze dias, duas pessoas queridas do meu
círculo de amizades, partiram...Jovens mães, ambas no auge dos seus 42 anos de vida...Filhos que
perderam suas mães...Mães que tiveram a infelicidade de ver seus filhos morrerem.
Uma delas teve um infarto dormindo; a outra , lutava
contra um câncer raro já há alguns anos.
Nesse instante em que a morte se faz presente, tão
próxima e impiedosa, e arranca do convívio da família e dos amigos pessoas tão
jovens, me vem a cabeça uma enxurrada de questões existenciais que ficam ali,
martelando, insistentes, como uma espécie de alerta, dica ou toque...
Quanto tempo me (nos) resta e àqueles a quem amo? Qual é o meu (nosso) prazo
de validade?
Será que terei (teremos) tempo suficiente para realizar
tudo aquilo que gostaria?
Será que estou
(estamos) usufruindo do tempo que me é dado ou simplesmente ele está escorrendo
por entre os dedos sem que eu me dê conta?
Indagações que apenas o próprio tempo irá replicar...
Mas enquanto estou aqui, o que sei é que não tenho
mais tempo a perder com aquilo que não
me acrescenta ou que me entristece, com
preocupações tolas ou problemas passageiros; com dúvidas e incertezas do outro enquanto sei
exatamente o que eu quero.
Ouvi uma frase outro dia que parece boba mas não é: a vida não tem on e off.
Como já disse o poeta Quintana:
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos! ( Se é que chegaremos lá...)
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos! ( Se é que chegaremos lá...)
Quando se vê, estamos
esperando algo acontecer e perdemos completamente a noção de quão valioso é o
nosso tempo.
Tenho a obrigação de ser útil e servir àqueles a quem
amo e demonstrar esse amor diariamente. Bem como, tenho o dever de estar feliz
pelo simples fato de estar viva! Afinal,
qual é o sentido da vida senão a felicidade?!
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